Acupuntura – Por Revista O2

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Há mais coisas em nosso corpo que aquilo que os olhos, as radiografias e as ressonâncias podem ver. Exemplo disso é a delicada e sutil rede de energia que se estende por todo nosso corpo, logo abaixo da superfície da pele, unindo os órgãos e sistemas que nos mantêm vivos. Os chineses chamam essa energia de Qi, a energia da vida; os ocidentais ainda não deram um nome a ela. Mas todos concordam que a acupuntura tem o poder de equilibrá-la, corrigindo e prevenindo possíveis curto-circuitos. A milenar técnica chinesa consegue, de maneira natural e com menos efeitos colaterais que os tratamentos médicos ocidentais, combater a dor e os desequilíbrios orgânicos, fazendo o corpo funcionar melhor, de forma saudável. É difícil apontar a idade exata da acupuntura, mas os historiadores acreditam que ela surgiu há mais de sete mil anos, na China. De lá, viajou para o Egito antigo, o império romano e a Europa oriental. O primeiro registro da acupuntura no Ocidente data de 1810, em Paris. Os americanos conheceram a técnica em 1971, quando James Reston, um jornalista do New York Times, foi à China e teve de fazer uma cirurgia de apêndice de emergência. A anestesia foi feita com acupuntura, e a notícia das “agulhas milagrosas” correu a América.

AS INDICAÇÕES: A Organização Mundial de Saúde, trabalhando em conjunto com o Centro Internacional de Acupuntura da Universidade de Medicina Tradicional Chinesa de Shangai, apontou a acupuntura como sendo efetiva no tratamento das seguintes doenças, entre outras:

– Dor aguda e crônica
– Dor de cabeça e enxaqueca
– Sinusite
– Incontinência urinária::
– Dor na coluna (cervical, torácica e lombar)::
– Asma
– Alergia
– Náuseas e vômitos na gravidez
– Fadiga
– Ansiedade
– Insônia
– Artrite
– Controle de vícios (bebida, cigarro)

Existem diferentes maneiras de estimular nossas “antenas” internas para obter o efeito desejado. As mais usadas são:

Agulhas: As agulhas de acupuntura, extremamente finas, são aplicadas nos pontos a serem estimulados. Esse estímulo é transmitido pelas terminações nervosas até o sistema nervoso central, induzindo a liberação de substâncias analgésicas e antiinflamatórias. As agulhas ficam cerca de 20 minutos no local.

Acupuntura auricular: Nossas orelhas têm mais de 100 pontos reflexos relacionados aos nossos órgãos e sistemas. A acupuntura auricular estimula-os com pequenas agulhas, que são aplicadas nas orelhas e deixadas por até sete dias.

Moxabustão: Na moxabustão, os pontos de acupuntura são estimulados pelo calor da queima de uma erva, a artemísia. Essa técnica é mais indicada para aumentar a circulação de sangue e de energia no local. “Se a região estiver muito inflamada, não dá para aplicar calor. Ela é mais indicada para gripes e dores de cabeça”, diz Alberto. A moxabustão também pode ser usada junto com as agulhas. “Colocam-se as agulhas e a moxa em cima, assim o calor entra pelo canal aberto pela agulha e vai fundo”, explica.

Eletroacupuntura: A eletroacupuntura começou a ser usada na China na década de 60 para diminuir a dor em procedimentos cirúrgicos, reduzindo a quantidade de drogas necessárias para anestesiar os pacientes. A técnica evoluiu e é considerada hoje uma sub-especialidade da acupuntura. “O atleta, devido ao seu bom estado físico e nutricional, geralmente responde bem à eletroestimulação. Por isso ela é indicada para o tratamento das lesões do esporte”, diz Liaw, adepto do método. “A eletroacupuntura oferece o ambiente ideal para a reparação de lesões nos músculos e tendões e de processos inflamatórios agudos e crônicos”, afirma.

Matéria Revista O2 – transmitida na integra.

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