Dietoterapia Chinesa atuando nos desequilíbrios e promovendo saúde | Por Vânia Santos

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A dietoterapia chinesa (Yin Shi Zhi Liao Fa) constitui um dos pilares mais importantes da Medicina Tradicional Chinesa, tem como objetivo: tonificar os órgãos, equilibrar o Qi (fluxo de energia que circula pelo corpo), promover a saúde e a nutrição através de uma alimentação saudável e natural.

Para a realização da dietoterapia é necessário que o profissional faça a mesma coleta de dados que serviria para uma sessão de acupuntura, feito isso os alimentos são selecionados conforme a síndrome apresentada e associada a outra atividade que colabore para a harmonia dos cincos movimentos (Wu Xing), aos quais os órgãos e vísceras (Zang Fu) estão relacionados.

A identificação da síndrome em medicina tradicional chinesa determina o princípio do tratamento, que é feito a partir da natureza da doença. O metabolismo é o resultado de todas as reações químicas do nosso corpo. Na visão oriental, tudo o que acontece no corpo está relacionado com cinco órgãos vitais: Fígado (Gan), coração (Xin), Baço (Pi), pulmões (Fei) e rins (Shen).

Para manter as funções, o organismo depende dos alimentos e do equilíbrio adequado, além disso, emoções destrutivas também prejudicam o funcionamento do corpo. O baço e estomago são responsáveis em digerir e absorver não só alimentos e nutrientes, mas tudo em nossa vida, são responsáveis pela nossa capacidade de concentração, fixação, aprendizado e daquilo que vimos e vivemos. Na Medicina Chinesa o baço é o grande responsável pela transformação e pelo transporte dos alimentos, e na conversão em Qi (energia).      

Os alimentos são considerados o suporte para o corpo e a mente (Shen) e tem dois aspectos Yin (material substancial e nutricional) e o aspecto Yang (energético e metabólico). Eles devem ser escolhidos em função de sua natureza: sabor, aroma, cor, temperatura, textura, movimento, umidade, qualidades Yin ou Yang e pela correspondência de cada sabor com os órgãos e vísceras, com as emoções e estações do ano.

O sabor correspondente ao órgão realiza a tonificação se ele estiver com sua função deficiente, mas se ele estiver com excesso de energia, o sabor correspondente pode ser prejudicial. Nos casos em que os órgãos estão trabalhando em plenitude, com excesso de energia, há sabores que podem atuar com efeitos reguladores.

O paciente que utiliza a alimentação terapêutica chinesa associada a outros recursos da medicina oriental, irá usufruir de resultados rápidos e eficazes, conseguindo assim atingir o equilíbrio da forma mais natural encontrada na natureza, corrigindo desequilíbrios e evitando doenças futuras. Curar também consiste em aprender a mensagem que a vida trouxe em um pacote chamado doença.

“Que teu alimento seja teu remédio e que teu remédio seja teu alimento”
Hipócrates


REFERÊNCIAS:

IMAGEM 1 – http://elpaisajeinterior.com/conferencia-sanarnos-alimentacion-almeria/dietoterapia/

IMAGEM 2, 3,4 –https://projetomandala.com.br/especialidades/dietoterapia/

CHONGHUO, T. Tratado de Medicina Chinesa. Roca, São Paulo: 1993.​

MACIOCIA, G. Os fundamentos da Medicina Chinesa: um texto abrangente para acupunturistas e fitoterapeutas. Roca, São Paulo: 1996.​

FERNANDA DOS SANTOS  Alimentação Terapêutica Chinesa, São Paulo: 2018 

WILSON MARINO MARQUES Dietoterapia na Medicina Tradicional Chinesa–Uma abordagem energética dos alimentos – Wilson Marino Marques – São Paulo: 2015

SÔNIA HIRSCH  – Manual do Herói  

ANDREA MACIEL ARANTES – Dietoterapia Chinesa –Nutrição para corpo mente e espírito – Rio de Janeiro, Roca: 2016


Vânia Santos é enfermeira (Coren-SP 181.455), especialista em Medicina Tradicional Chinesa/Saúde Integral e professora de Acupuntura e Coordenadora do Ambulatório no Instituto Long Tao.

Este texto foi enviado pelo profissional mencionado e seu conteúdo é de sua total responsabilidade.

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